O assunto da nossa Vivendo Bem de hoje é bem simples, mas de importância fundamental para a sobrevivência de qualquer ser vivente sobre a face deste planeta: a água. Substância química formada pela união de duas moléculas de hidrogênio e uma de oxigênio, a água é fator determinante para regular a nossa temperatura corporal, para diluir sólidos e facilitar a nossa digestão e absorção de alimentos, além de transportar nutrientes e resíduos pelos nossos órgãos. Bebemos água para ajudar na nossa hidratação, para os nossos órgãos funcionarem melhor e para eliminar os resíduos sólidos que são solúveis, como os sais e impurezas (através do suor, por exemplo).
Muitas coisas citadas acima, ainda aprendemos muito pequeninos, nos primeiros tempos de escola. Botar em prática? Já são outros quinhentos, né? Cansamos de ouvir os professores falarem e as propagandas televisivas a proclamarem que devemos ingerir, no mínimo, dois litros de água por dia. Mas... E quando não passamos nem perto disso?
Eu era uma dessas pessoas até o ano de 2003, quando completei trinta anos. Bebia água apenas quando sentia muita sede, trocava a ingestão de água por sucos e refrigerantes (principalmente, estes últimos), não chegava a ingerir nem meio litro de água por dia. Abusei tanto que acabei passando por uma experiência transformadora: tive uma crise renal daquelas, em pleno sábado, às 18 horas. Como eu não tinha convênio, precisei recorrer ao pronto socorro municipal. Após duas ampolas de dipirona sódica na veia, em conjunto com mais algumas medicações, a dor resolveu me deixar, mas não em me abandonar por completo. Meu domingo foi totalmente deixado para repouso, pois parecia que eu tinha tomado uma surra com um taco de beisebol nas costas. Não expeli nenhuma pedra, mas apenas uma “poeirinha” tão sofrida que resolvi mudar o meu tão mau hábito, já que foi uma experiência nada agradável.
Eu sou dentista e, muitas vezes, atendo pacientes de meia em meia hora. Sendo assim, passei a beber alguns goles de água nos intervalos de atendimento. Também aprendi que, quando o nosso organismo sente sede, já está desidratado faz horas e isso não é nada saudável. Para saber a quantidade de água que eu estava ingerindo, eu deixava uma garrafa de um litro e meio reservada só para o meu consumo. Atualmente, deixo uma garrafinha de 600 ml sempre à disposição.
No ano passado, precisei fazer uma cirurgia renal para a remoção de um cálculo de 3,5 cm de extensão. Quando o descobri, meu rim esquerdo já estava quase paralisado e, ao conversar com o médico sobre o que eu tinha e como poderia ser resolvido, havia a possibilidade de voltar da mesa de cirurgia sem esse rim. Imaginem o baque que tive quando fui “comunicada” disso? Hoje, mais de seis meses passados, estou recuperada e com o rim salvo, mas ficou a lembrança do perigo e o remorso de ter sido tão imprudente ao longo daqueles trinta anos.
Hoje, ainda em controle (só terei alta definitiva dois anos após a cirurgia), eu bebo mais de dois litros de água. Hoje, mais do que nunca, eu recomendo a todos que posso o consumo dessa bebida tão simples, mas tão mágica. Hoje, mais que necessário é se preservar os recursos hídricos para que o nosso “combustível” não se esgote. Hoje, e não amanhã, é o dia de você renovar as suas atitudes e passar a ingerir mais água!
Grande abraço,
Lara
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