domingo, 1 de dezembro de 2013

Numa Folha Qualquer - "Vo esta ali matando o portugueis"

É incrível quando acontece e me parece, nos últimos tempos, que vem crescendo em progressão geométrica: que falta faz uma boa interpretação de texto e ver o bom e velho português sendo bem empregado! Os absurdos estão por aí e, pasmem, muitos deles são ferrenhamente defendidos como liberdade poética ou estilo de escrita. E se não se escreve bem, se interpreta menos ainda!


Escrever errado ou não saber escrever determinada palavra ou expressão, é uma coisa. Querer escrever errado, outra completamente diferente. O fato é que, se deixar a boa escrita de lado, se leva o barco ao naufrágio, pois palavras e expressões mal formuladas ou mal colocadas levam às mais diferentes interpretações. Numa dessas, você pode não ser compreendido e, a gente sabe, boa interpretação é tudo!

Viva o "miguxês", viva o "internetês", viva a falta do infinitivo e vivas aos que acham que quem gosta de escrever "à la Professor Pasquale" é um sujeito que deveria ficar oculto, já que é atrasado, não é mesmo? Ah! Já ia esquecendo! E viva o gerundismo, que acha lindo e tudo perdoa aos que escrevem (e, consequentemente, falam) "vou estar indo fazer" um bom texto!


Parem este mundo que eu quero descer! Sinceramente! E não estou defendendo a escrita clássica, extremamente bem construída e muito bem sinalizada, não! É muito pedir o mínimo de bom senso e conhecimento? O pior é ver (e ler) que muitos defendem e acham que tem que ser porque tem que ser assim, em nome do estilo de escrita pessoal! Espera lá! Ter um estilo de escrita não significa que se pode "assassinar" a Língua Portuguesa, não!

Saber escrever e saber ler e interpretar são a base de uma boa educação. Tenho por mim: um bom dentista, se não souber isso tudo, não saberá dar o diagnóstico e nem prescrever corretamente um tratamento. Errar a escrita de uma palavra aqui, outra ali, não significa que não se sabe nada, mas eu tenho muito medo dessa geração vindoura que acha que escrever "vo esta fazendo um rango" (vou fazer ou irei fazer um rango) ou "pra mim coloca a ropa" (para eu colocar a roupa), é um arraso!


Tenho dó dos professores de hoje em dia (aqueles realmente interessados e que ainda se doam pela educação, tentando mostrar, com o seu exemplo,  que a educação ainda vale a pena e que prezam por uma boa escrita), que passam um cortado e um dobrado para tentar ensinar a molecada de hoje...

Abraços,

Lara

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