quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Do Museu à Balada - Filme: Turbo

Turbo (Turbo, EUA, 2013)


Os filmes de animação, hoje em dia, são feitos para atingir dois públicos: as crianças e os adultos. Já passa longe o tempo em que eram feitos apenas com piadas de cunho infantil. Nos filmes atuais, sempre há várias mensagens subliminares de superação, realização de sonhos, conquistas e vitórias por não se perder a persistência. Com o filme Turbo, não poderia ser diferente.

Animação realizada pela DreamWorks Animation, este filme conta sobre o sonho de um caracolzinho, Theo, de se tornar piloto de corrida e participar das 500 milhas de Indianápolis, assim como o seu grande ídolo Guy Gagné, piloto e grande vencedor de corridas. Parece que a DreamWorks está se especializando em transformar personagens aparentemente fracos em vencedores, mesmo que a aparência física não ajude muito. Assim aconteceu com o ogro Shrek e o panda gordinho Kung Fu Panda.


Theo, que trabalha em uma cooperativa de caracóis colhedores de tomates e é protegido pelo irmão Chet do deboche dos outros caracóis, sonha em ser veloz. Assistindo à televisão velha que está abandonada onde vive com o irmão, Theo narra as corridas de carros como se estivesse pilotando pessoalmente naquele momento. De tanto sonhar, Theo acaba caindo de uma ponte bem em cima do capô de um carro bem envenenado, no melhor estilo Velozes e Furiosos. Ali, ele se realiza, curtindo ao máximo a velocidade que o carro está empregando. É aí que acontece o acidente que mudará a sua vida: o turbo do carro é ligado e Theo, aspirado para dentro do motor. Em contato com o nitro, ele sofre transformações em sua concha e fica veloz. A cena é uma das melhores e extremamente bem editada, nos transportando para junto de Theo que curte a velocidade com alegria contagiante.

Transformado em uma máquina de correr, Theo tem a sua autoconfiança elevada ao nível máximo, reafirmando a todos a velha máxima de que, quando realmente se quer, tudo se consegue e nada é capaz de nos deter. E é aí que o filme se mostra mais ainda feito para os adultos, com as mensagens subliminares citadas acima. Turbo representa a própria autoconfiança, levando a crer que, por mais
que não se esteja em um nível social bacana ou que não se tenha uma aparência física legal, todos podem sonhar e realizar os seus sonhos. Para ratificar isso, Theo é descoberto por um imigrante mexicano, o Tito, que tenta ajudar o irmão a ser um grande comerciante. O núcleo de personagens humanos com os quais Theo e Chet irão se relacionar é dos que são marginalizados, como pessoas de idade, mecânicos, donos de lojinhas de bugigangas e os "americanos" de origem no terceiro mundo.


As imagens disponibilizadas em 3D impressionam e as cenas de corrida, com imagens e montagens animadas e aceleradas, são empolgantes. O rastro neon de Theo, com certeza, atrai e muito os olhares das crianças. A trilha sonora é bem moderna, com rap e hip hop, que tornam o filme bem movimentado e bastante atrativo, sem deixar cair no marasmo. As piadas são mais inteligentes e a comicidade surge pela própria história, afinal de contas quando é que um caracol conseguiria encarar uma corrida automobilística? Eu até arrisco a dizer que Turbo está para a DreamWorks, como Carros está para a Pixar.

Em resumo: é um filme bacana, leve, gostoso de se assistir. Eu recomendo!


Ficha técnica:
- lançamento no Brasil: 19 de julho de 2013   
- duração: 1h36min
- direção: David Soren
- dubladores originais: Ryan Reynolds, Paul Giamatti, Michael Peña, Samuel L.

Jackson, Snoop Dogg.
- gênero: animação, comédia.


Abraços,

Lara

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