Olá, pessoas supimpas!
No momento, não me interesso muito por comprar um carro. Além de eu ter outras prioridades, esse trânsito caótico de São Paulo desanima qualquer um a dirigir pela cidade.
Esses dias, durante um almoço, um amigo me disse: “É, Marcelo! Você está certo!”. Ele estava se referindo a uma notícia que ouviu recentemente sobre a diminuição da velocidade máxima permitida em algumas avenidas da cidade. Disse também que, se a quantidade de carros continuar aumentando, vai ter uma hora em que todos irão parar.
Me lembrei do conto “Você Vai Ver”, do Luiz Fernando Veríssimo, onde ele descreve um futuro alternativo no ano de 1980. “...Foi assim: um engarrafamento que começou na tardinha de uma sexta-feira e nunca mais terminou. Os proprietários ― alguns aos prantos, tiveram que abandonar seus
carros. A prefeitura construiu um viaduto de emergência por cima...”. Na época, isso era visto como um texto cômico e uma ideia absurda, mas hoje em dia nem tanto assim. E olha que pagamos bem mais caro por um carro do que realmente vale. Já pensaram se fosse vendido pelo seu valor real sem tanta carga de impostos? Cada um teria, no mínimo, uns dois carros!
Hoje fabricam carros mais velozes para andarem mais devagar. E as estradas começaram a ter trânsito intenso como nas cidades. Nos fins de semana e temporadas, o trânsito nas estradas fica pior do que nas cidades grandes. Numa véspera de Ano Novo, já fiquei doze horas na estrada indo de São Paulo à Caraguatatuba. Naquele dia, achei que fosse passar a virada do ano na estrada. E não tinha nada no porta-malas com o que comemorar, nem uma garrafa d’água!
Gostaria de morar num lugar com metrô na porta. Ou bem próximo a alguma estação. Assim não precisaria comprar um carro. O problema é que nosso sistema de transporte público também deixa muito a desejar. Ônibus lotados com intervalos irregulares, táxis caros, estações e linhas de metrô que só são construídas em épocas de eleições e copa do mundo. E mesmo assim a periferia fica de fora dessa.
Tudo bem que automóvel próprio nos dá um certo conforto, não precisamos depender de condução para irmos aos lugares, mas hoje em dia há que se pensar nos prós e contras. Eu ainda continuo pensando.
Ir de bicicleta, nem pensar. Ultimamente está sendo muito arriscado, pois não há muito respeito ao ciclista e também muitos ciclistas não respeitam seus limites. Aliás, que limites? A cidade também não oferece vias adequadas nem incentivo ao ciclista.
Até o espaço aéreo já tem tráfico intenso! Logo, precisaremos de um sistema de sinalização aérea também!
Já está mais do que na hora de criarmos o teletransporte. É muita gente para pouco espaço! E então, o que faremos?
Abraços do MM!
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