segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Petlovers - Meus Cães - Parte III

Oi, pessoas supimpas!

Me lembro quando o vi pela primeira vez. Eu estava na janela do meu quarto olhando para a rua. Ele me viu, largou seus companheiros e veio em direção ao meu portão sorrindo e abanando a cauda! Achei engraçado! E foi assim todas as vezes que me via. Uma vez meu irmão chegou em casa dizendo que havia visto um cachorro todo alegre pela rua.  Minha mãe também viu. Ele se engraçava com toda a vizinhança e por isso ganhou a simpatia da vizinhança.

A vizinha o batizou de Street. Todos os vizinhos tentaram adotá-lo mas ele gostava mesmo era de ficar na rua. À noite e durante as madrugadas colocava qualquer estranho para correr, fosse cachorro ou gente.

Quando alguém da vizinhança chegava do trabalho ou da escola ele vinha correndo para entrar junto. Várias vezes ele entrou comigo, até quando eu chegava das baladas. O problema é que quando eu já estava no meu sono acordava com ele chorando tentando passar pela grade do portão para voltar à rua. Em todas as vezes ele ficava preso. Era um sufoco tirá-lo de lá. Parecia que não sabia bem o que queria, se era ficar dentro de casa ou na rua.



Os vizinhos se revezavam dando banhos e comida a ele. Uma das vizinhas fez até uma casinha para ele com saída para a rua, assim ele podia sair a hora que quisesse sem acordar ninguém.

Um dia abrimos a porta da sala e ele entrou. Subia no sofá, descia, pulava, corria de um lado para o outro. Parecia bem feliz. Acho que se lembrou de que um dia já teve uma casa.

Uma vez um amigo me viu colocando o Street para dentro de casa e me perguntou se eu não havia pensado que ele poderia trazer alguma doença para nós. Achei um exagero da parte dele, mas depois pensei no caso. Passei a observar o Street, por onde ele andava, com quais cachorros ele ficava. Por mais que fosse bem alimentado e tivesse tomado banho durante as madrugadas ele percorria as ruas da vizinhança com outros cachorros e sabe-se lá por onde ele andava nessas horas. Sabemos que a rua não é um local muito saudável para se viver.

Ele era forte, resistente, acostumado à rua. Sabia se dar bem. Apesar de ser carinhoso com os vizinhos, com os cachorros e gente estranha ele era bem arredio. Várias vezes apareceu machucado por causa de brigas. Não somos tão resistentes como os cachorros de rua, por isso passei a ter mais cuidado ao brincar com ele. Fazia algumas carícias e logo ia lavar as mãos.

Com o tempo ele deixou de ficar tão alegre e alguns acharam estranho. Pensaram que era apenas algum momento ou impressão. Apesar de todos o tratarem bem ninguém chegou a leva-lo a um veterinário para ver se estava realmente bem, até que um dia ficou visível que ele estava doente. Quando chegou ao veterinário, já era tarde. Muito tarde! Havia contraído uma doença causada por um carrapato. Infelizmente Street teve que ser sacrificado.

Gostávamos de sua companhia, mas ninguém imaginou que ele precisava de um pouco mais de cuidados, além de comida e banho. E talvez, por viver nas ruas, precisasse mais do que qualquer outro cachorro que vive dentro de casa. Ouvíamos falar de cachorros que tinham morrido por causa desse parasita, mas jamais imaginamos que iria acontecer com o Street? Justo com o Street? Sim! Principalmente como ele, pois vivia nas ruas, tinha contato com outros cachorros de rua, deitava nas praças, rolava na terra. Enfim, ele tinha tudo para contrair a tal doença.

Animais também precisam de cuidados. Os que vivem nas ruas podem parecer resistentes à princípio, mas estão mais vulneráveis do que aqueles que têm dono. Podem aprender a conseguir comida e abrigo por eles mesmos, mas para tratarem da saúde precisam de nossa ajuda.

Abraços do MM!

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