quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Do Museu à Balada - Halloween

Oi, Pessoas supimpas!

E vamos comemorando o Halloween! E muitos sem saber de fato o que é o Halloween! Tá, é o dia das bruxas, mas não como a maioria acha que é. Aliás, quem de vocês sabe o que é uma bruxa? Não! Não é aquela senhora de beleza exótica que sai voando por aí de vassoura, com chapéu em forma de cone, distribuindo feitiços e maldições! Bruxa é apenas uma adepta da religião druídica. A propósito, Dia das Bruxas é como o Halloween é conhecido aqui no Brasil.



Vamos voltar um pouco no tempo. Só um pouco! Lá pelos idos de 600 a.C. a 800 d.C. com aquele povo que habitava a Gália e a Grã-Bretanha, os celtas. Originalmente o Halloween, chamado na época de Samhain, era um festival pagão do calendário celta celebrado na Irlanda, provavelmente entre os dias 30 de outubro e 7 de novembro. Este festival marcava o fim do verão no hemisfério norte e o ano novo celta. Celebrava também o final da terceira e última colheita do ano, o início do armazenamento de provisões para o inverno, o início do período de retorno dos rebanhos do pasto e a renovação das leis dos celtas.

Nesta época, acreditavam os antigos, que o véu entre o nosso mundo e o mundo dos mortos caía, tornando-se fácil a comunicação entre os seres dos dois mundos. Durante o festival de Samhain, os druidas serviam como médiuns com os quais as pessoas se consultavam para saber a sorte, conversar com os mortos, saber de familiares que se foram. Acreditava-se também que os mortos voltavam em forma de espíritos nestes dias para visitar seus antigos lares e parentes.

Mas nem tudo era festa, pois como o portal entre os dois mundos estava aberto poderiam vir espíritos não muito queridos a este mundo. Para impedi-los, algumas pessoas faziam vigílias durante a noite fantasiadas com máscaras para assustar estes espíritos. Colocavam também pelos caminhos, carrancas feitas com abóboras e outras frutas, com velas e lamparinas dentro. Era costume pessoas da vizinhança deixarem comida nas portas e janelas das casas para os vigilantes que guardavam o lugar contra os espíritos maus. Agora vocês já sabem a origem das carrancas de abóbora e da distribuição de doces para a criançada mascarada!



Com o domínio dos romanos e o cristianismo sobre as ilhas britânicas muito desta cultura acabou se perdendo. Como as tradições eram transmitidas oralmente, pouco sabemos a respeito dos celtas e sua religião, o druidismo. O catolicismo adotou esta data como o Dia de Todos os Santos e Dia de Finados, celebrando nos dias 1º e 2 de novembro respectivamente.

Quanto à origem da palavra Halloween muitos atribuem ao catolicismo sendo a palavra derivada da frase All Hallows' Even" e do escocês Hallowe'en (A Noite de Todos os Santos). Era chamado também por outros nomes como Samhein, La Samon, e Festa do Sol.

Hoje em dia o Halloween perdeu todo o sentido. Comemora-se uma festa à fantasia onde os espíritos dão lugar a personagens de toda a espécie. Já vi até o Robocob no meio disso! E Halloween gospel então? É cada absurdo! O Halloween de hoje está longe de ter algo a ver com o verdadeiro Halloween de outrora. Vampiros e lobisomens são até aceitáveis, já que fazem parte da cultura xamânica, que também foi base para o druidismo. Mas também aqueles vampiros e lobisomens nada têm a ver com os apresentados hoje. Em tempo, também me pergunto o que o Frankenstein, ou melhor, a criatura sem nome construída pelo Dr. Victor Frankenstein, tem a ver com o Halloween.



Bem que eu gostaria de ir a uma festa de Halloween caracterizado com um vigilante celta, mas toda a magia iria por água abaixo assim que o primeiro espírito de porco me perguntasse “Você está fantasiado de que monstro?”

Abraços do MM!

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