sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Vida Digital - Phubbing

PHUBBING. HEIM???

Quantas vezes você foi a um barzinho para um encontro com a sua turma de amigos e, quando chegam, todos pegam seus smartphones para fazer um check-in no Foursquare/Facebook? Ou, então, se no meio da conversa alguém pega seu smartphone para dar aquela olhadinha rápida no Face ou responder alguma mensagem no WhatsUp, ou ainda postar rapidinho uma foto no Instagram e metade da mesa percebe o movimento e também "foge" para o ambiente virtual?


Esse tipo de atitude se chama Phubbing. O termo foi cunhado pelo australiano Alex Haigh e vem da junção de “phone” (telefone) e “snubbling” (esnobar). Haigh criou a campanha ""Stop Phubbing" para tentar chamar a atenção das pessoas para esse tipo de comportamento, que em algumas diversas vezes, é taxado como falta de educação.

Recentemente, estive em um barzinho com minha esposa e, ao prestar atenção em um simpático bebê ali próximo, percebi que estavam à mesa a mãe da criança, o suposto pai e mais 3 amigos. Em determinado momento, os 4 homens da mesa estavam praticando o phubbing. Acredito que a mãe só não estava fazendo o mesmo, pois estava dando atenção para a pobre criança. Se passaram, no mínimo, 5 minutos até que o garçom chegou a mesa e "quebrou" o transe da galera, com a entrega da porção de provolone à milanesa. Aliás, porção essa que pedi também. Uma delicia!


Em outra ocasião, fui à pizzaria com o pessoal do escritório. Todos estão na faixa dos 20 a 25 anos. Dois deles não conseguiam se livrar do celular. É check-in aqui e ali, é SMS, é mensagem no Face, é resposta ao post de mais cedo, etc. Concordo que, em determinados momentos, o papo está tão chato que a única saída é o smartphone. Quantas vezes eu mesmo já utilizei essa "técnica"? Ou então, enquanto  se está em alguma fila aguardando para ser atendido ou em uma reunião, no aguardo do cliente? Quem nunca alocou seu tempo com joguinhos ou chats que atire a primeira pedra. Quem nunca jogou o Candy Crush (ops, me entreguei!) ou algum joguinho do gênero, enquanto aguarda com toda paciência do mundo (#sóquenão) chegar a sua vez? O fenômeno é inevitável, mas tem hora certa.

Algum tempo atrás, li uma matéria em que o assunto era justamente esse, de um pessoal que nos EUA está tomando atitude para evitar o phubbing. A matéria citava um grupo de amigos que tinha adotado uma regra de que, durante o encontro, quem pegasse o celular, seja para qual motivo fosse, teria que pagar o total da conta.

Como costuma dizer Martha Gabriel, especialista em Marketing Digital: "Tecnologias são possibilidades". Eu diria que são possibilidades e que estão principalmente na palma de nossa mão. Afinal, é muito fácil dar aquela fugidinha e se perder pelo mundo virtual. E nas relações humanas, se não tomarmos cuidado, daqui a pouco falaremos com a pessoa que está do nosso lado pelo chat ao invés de falar por voz . Hummm, ok! Aqui na minha empresa acontece muito, mas é pela prevenção. Como trabalhamos com desenvolvimento, vai que a pessoa esteja no meio daquele raciocínio nervoso e possa perder o fio da meada. Vai saber, né?


A questão não gira em torno de deixar os gadgets de lado, mas sim em perdermos nossas relações humanas. Exagero? Sim, espero que seja, mas vamos pecar pelo excesso do que chegar ao momento em que a tecnologia irá comandar nossos pensamentos. Quem não se lembra do filme “O Demolidor”, de 1993, onde Sandra Bullock e Sylvester Stallone protagonizam uma cena de sexo que, no futuro, é feita por estimulação mental dos neurônios através de um capacete, pois a troca corporal de fluidos é considerada contagiosa (ou algo assim)? Sorte que o Stallone estava lá para dar uma bica no capacete e mostrar como é que se faz! Hahaha!

E você, quantas vezes deu aquela olhadinha no seu celular da última vez que esteve em uma reunião social?

Abraços,

Alexandre

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