segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Petlovers - Meus Cães - Parte I

Olá, pessoas!

Sempre gostei de cachorros. Logo que nasci já tinha um rodeando meu berço. Seu nome era Moleque, um vira latas daqueles que gostava de ir para a rua. Das raras lembranças que tenho da casa onde morei na rua Dr. Rodrigo de Barros, no bairro da Luz, em São Paulo, uma é do Moleque. Eu estava no jardim e o Moleque passou por mim. Me lembro que passei a mão em seus pelos naquele momento.  Como eu era criança ele me pareceu enorme. Depois minha mãe me disse que era um cachorro pequeno.

Meu pai colocava uma identificação na coleira dele, uma licença obtida na prefeitura para que ele não fosse levado pela carrocinha se fosse encontrado na rua. Mas sempre roubavam suas identificações e meu pai tornava a ir à prefeitura conseguir outra.

Meu avô sempre me levava para passear no Jardim da Luz. O Moleque saía junto e ia até certa parte do caminho até ser chamado por algum outro cachorro ou outra coisa que lhe interessasse. E então ele pegava outro caminho e não voltava conosco. Ninguém se importava, pois ele sabia se virar sozinho nas ruas. Às vezes ele saía cedo e voltava bem tarde. Outras vezes trazia marcas de brigas, mas nada grave.

Uma vez minha mãe saiu comigo para me levar em algum lugar, e o Moleque foi junto. Como sempre, desviou do caminho e quando voltamos ele ainda não estava em casa. Sabíamos que uma hora ou outra ele chegaria. Mas naquele dia ele não chegou. Nem no dia seguinte. Ele ficava fora por muito tempo, mas nunca passou de mais de um dia na rua. Minha família procurou por ele em todas as ruas ao redor, mas não o encontrou. Jamais soubemos o que aconteceu a ele, mas acredito que se saiu bem.

Infelizmente não temos nenhuma foto dele para eu mostrar aqui, só temos imagens na memória. Apesar de eu ter somente uma única lembrança bem vaga do Moleque, uma imagem opaca de sua pelagem malhada, sinto sua falta. Eu fazia várias perguntas a minha família sobre ele. Eu gostava de ouvir as histórias bem humoradas de suas peripécias.

Minha mãe nunca quis ter cachorros em casa. Dava trabalho e ela sabia que eu e meu irmão não cuidaríamos direito.  Só queríamos saber da brincadeira, agora arrumar a bagunça já era complicado. O caso é que sempre gostei de cães, desde cedo. Não sei se foi por causa do Moleque ou se já nasci com esse enorme interesse e admiração por eles. Não importa a raça e se têm ou não raça. Gosto dos de porte médio e grande, de pelos desarrumados e bagunceiros.

Hoje por falta de tempo para cuidar e espaço em casa não tenho nenhum cão, mas pretendo ter em breve. Um cachorro é uma companhia bem agradável e um grande amigo.

Abraços do MM!

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