domingo, 9 de junho de 2013

Do Museu à Balada - Especial Namorados

Você quer dançar comigo?

Há quanto tempo você não ouve ou diz esta frase? Aliás, já ouviu ou disse isso alguma vez?

O que aconteceu com o romantismo nas casas noturnas? E, por favor, não me venham dizer que um cara puxar uma moça pelo braço forçando um beijo e depois cada um indo para o seu lado é romantismo! Aliás, sabe o que eu acho engraçado? As pessoas “se puxam” para se beijarem com a maior facilidade, mas na hora de chamar para dançar uma música lenta – quando tocam, pois isso é raro – não fazem, ficam tímidos ou sei lá o quê.

Na minha época de baladas – ainda vou, mas me refiro à época de ouro – nos anos 80, a gente primeiro convidava uma menina para dançar, aí papo vem papo vai e só depois viria o beijo. “Chegar chegando” beijando, como acontece hoje, era impensável. Se um cara puxasse uma mulher para beijar como fazem agora fatalmente arrumaria uma encrenca! No mínimo ouviria um “Larga de mim, não tenho filho desse tamanho, vou chamar o segurança”, e daí para umas bordoadas o caminho era bem curto.



Músicas românticas lentas ainda existem e tocam nas rádios, – claro que, na minha opinião, não com a qualidade de antes – mas raramente tocam nas casas noturnas. Quando acontece é em época de dia dos namorados e uma seção bem curta com umas cinco ou seis músicas. E vemos raros casais dançando, provavelmente já conhecidos. Tive a rara oportunidade de participar de uma dessas seções no Baile do Farol no Projeto Autobahn, tocando lentas dos anos 80 com a locução ao vivo de Sergio Bocca. Quem se lembra da voz dele com a Tradução da Noite? Foi demais voltar àquela época no tempo, mesmo que somente por meia hora!

Ouço sempre gente comentando “Ah, dançar agarradinho é muito bom!” Mas espere aí! Quando? Onde? Você que diz isso já dançou alguma vez assim? Há quanto tempo? Avisem-me se souberem de alguma casa noturna que ainda toca músicas lentas para dançar. De preferência dos anos 70 e 80.

Ah, os bailes de garagem...

Por que tudo isso terminou se era bom? O que fez com que as pessoas se desinteressassem por este tipo de romantismo? Sinto falta dessas coisas!

Abraços do MM.

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