sábado, 8 de junho de 2013

Numa Folha Qualquer - Casamento

Oi, pessoas!

Como dizem por aí, casamento é como piscina. Quem está dentro diz “Pode vir que está bom”, mas quando você entra de cabeça percebe que é fria e vai se acostumando aos poucos.  Como ainda não me casei não sei se isso é verdade. Talvez um dia me case, ou não. No momento não é prioridade. Tenho muitas coisas a fazer antes de me casar, uma delas é arrumar uma mulher. Antes que me digam que o mundo está cheio de mulheres por aí, estou me referindo a uma mulher com quem valha a pena se casar.


Tive um chefe numa empresa onde trabalhei, que vivia me criticando por eu estar na casa dos trinta na época e ainda continuar solteiro. Ele tinha menos de trinta anos, estava no segundo casamento, com três filhos – sendo o mais velho, do primeiro casamento, quase um adulto – e dormia no sofá por causa dos desentendimentos com a mulher atual. Agora me digam, para que me casar se for para ficar vivendo como esse cara? Acho que ele tinha mesmo era inveja da minha solteirice.

Por que algumas pessoas acham importante se casar? Me refiro à instituição “casamento” e aquela coisa de cerimônias, papel passado e enfim. Para que se casar? Parece que tais pessoas dão mais importância ao ato de se casar do que ao sentimento, que deveria ser o principal. O casamento mesmo é justamente o que começa depois da cerimônia e depois da festa. É o dia seguinte e daí em diante.



Conheço muita gente que têm pavor de morrerem solteiras. Aí pode acontecer como aquela que arruma o primeiro calhorda que aparece, lhe faz um filho, a enche de porradas e chifres, pega seu dinheiro, vai tomar umas cachaças e volta vomitando. Ah, mas ninguém, nem família nem vizinhos podem falar nada, pois ela está casada. Isso é o que importa, não é mesmo? E não é só com mulheres que acontece isso, não. Conheço uns caras que desfilam com umas beldades aí, levam para passear, compram presentes, mas quem usufrui são outros. E pior! Eles sabem disso! Mas tudo bem, o importante é manter a pose, pois é melhor as pessoas verem que são cornos do que pensarem que não conseguem arrumar ninguém, não é mesmo?

Eu sou da filosofia do “antes só do que mal amado”. E acredito que não tem solidão pior do que a solidão acompanhada. Quando estamos sozinhos pelo menos podemos ficar receptivos a alguém interessante. Já estar com alguém e não se sentir amado por esta pessoa é estar numa prisão.



Às vezes também sou cobrado ouvindo dizerem que minha mãe precisa de um neto, outros dizem que pareço que não sou muito chegado à mulher e enfim. Mas, e eu aí com os outros? Sou do tipo que cago e ando pelo que eles dizem. Quem deve se contentar com minha situação sou eu e não eles. Se estão infelizes com isso, sinto muito, pois se depender de mim vão morrer infelizes.

O que vale é o sentimento. Se os deuses são legais eles não estão nem aí para o aval de igrejas, templos, padres, pastores, pais-de-santo, anciãos, magos, bruxas, druidas, xamãs, juízes e enfim. Eles sabem o que sentimos e isso é o que importa. Como não sou religioso dispenso tais cerimônias e também dispenso documentos que nada medem o quanto amamos uma pessoa. Mas eu até que gostaria de fazer uma festinha para celebrar minha união com a minha cara metade. Se não der certo depois, pelo menos valeu pela festa e continuo minha incessante busca.

Abraços do MM.

Um comentário:

  1. Escrevi sobre isso para uma amiga esses dias, que estava fazendo quase os mesmos questionamentos que vc colocou aqui no post. Eu havia decidido não me casar com tudo que tinha direito até conhecer meu marido, com que me casei e quis tudo que tinha direito: véu, vestido, festa para compartilhar esse momento de enorme felicidade para mim, com meus amigos e familiares. Mas não só pela festa e pompa, pois acredito ser besteira viver de pose. Fiz pois estava e estou REALMENTE feluz. O lance é encontrar alguém que valha a pena e fazer o relacionamento no cotidiano.

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