sábado, 10 de agosto de 2013

Especiais - Movimento Crueldade Nunca Mais

Com o avanço tecnológico e o aumento do número de pessoas com acesso à internet, muitas notícias chegam a todos e ao mundo inteiro com a rapidez de poucos segundos. Particularmente, talvez estes sejam alguns dos motivos pelos quais há um crescente interesse pela causa da proteção animal, já que, todos os dias, são veiculadas notícias sobre casos de maus tratos, agressões gratuitas (ou não) e violência contra os animais, sejam eles quais forem.

No Brasil,  no final de 2011 e após uma terrível onda de crueldades praticadas contra os animais, foi criado o Movimento Crueldade Nunca Mais com o intuito de se lutar por maiores direitos para os bichinhos e maiores punições para os agressores, punições estas para serem capazes de inibir tais crimes. A primeira marcha aconteceu em 22 de janeiro de 2012 e conseguiu sensibilizar mais de 100 mil manifestantes e mais de 200 cidades brasileiras e nas cidades norte-americanas de San Diego, Miami e Nova York, simultaneamente. Agora, neste dia 18/08, teremos a segunda marcha, com inúmeras cidades confirmadas.


Para entender melhor o que é o Movimento Crueldade Nunca Mais e o que ele pretende fazer, conversamos um pouco com a Marília Moreira, presidente da ong DVA - Defesa da Vida Animal, de Santos, SP, participante do Movimento e uma das principais organizadoras da marcha aqui na Baixada Santista.

1) Como surgiu o Movimento Crueldade Nunca Mais?
Marília:  O Movimento Crueldade Nunca Mais surgiu em 2011 e teve sua primeira manifestação em janeiro de 2012, pois a população não aceita mais os crescentes atos de violência contra os animais. Queremos, também, o aumento das penas para 2 a 6 anos de prisão.

2) Em quê o Movimento pode atuar para melhorar a causa de proteção animal? O que ele já conseguiu mudar em prol dos animais?
Marília: Após a primeira manifestação e o recolhimento de mais de 260 mil assinaturas, a comissão de juristas encarregada de elaborar o Novo Código Penal aumentou as penas que antes eram de 3 meses a 1 ano de prisão, para 1 a 4 anos. Mesmo assim essa pena continua insuficiente para atender aos anseios da população: de acordo com o Código de Processo Penal de 2011, crimes com penas de até 4 anos não são punidos com restrição de liberdade. Por isso lutamos agora para aumentar essa pena para 2 a 6 anos. Com esse aumento, quem cometer crimes contra animais deverá pagar diretamente com penas de restrição de direitos, com possibilidade de prisão efetiva ao malfeitor, sem o benefício da suspensão condicional do processo. Além disso, pede a equiparação das penas para tráfico de drogas, armas e animais.


3) Qual o número estimado de participantes para a marcha do dia 18/08? Quem pode participar e como se faz para participar?
Marília: A primeira  manifestação em 22 de janeiro foi realizada em 216 cidades inclusive em Miami, San Diego, Londres e Nova York. Reunimos mais de 100 mil pessoas e queremos aumentar esse número nessa II Manifestação. Todos os amantes da JUSTIÇA devem participar. Não se trata apenas de justiça para quem comete maus tratos aos animais, pois já está provado que quem machuca um animal, machuca também um ser humano. Estamos pensando em SERES VIVOS maltratados, não interessando se eles tem pernas, patas, asas, escamas.
Além disso, pedimos sim para que todas as pessoas que gostam de animais, que querem justiça realmente séria para quem comete atos cruéis contra eles, participem dessa manifestação levando cartazes e faixas. Solicitamos, entretanto, que NÃO LEVEM animais para que eles não fiquem estressados.
Aqui em Santos, a manifestação ocorrerá no dia 18 de agosto - domingo - na Praça da Independência, no Gonzaga,  às 10:00 hs. Estamos com camisetas à venda por R$ 20,00 para quem quiser comprar. É só ligar no telefone 13 9751.0236 ou enviar e-mail para a ONG DVA:
ongdefesadavidaanimal@gmail.com.

4) Como se pode apoiar o movimento?
Marília: Estamos solicitando às pessoas que entrem no site crueldadenuncamais.com.br para assinar a petição que será enviada para Brasília. Já estamos com milhares de assinaturas e gostaríamos de chegar a 1 milhão, para mostrar a força do nosso movimento e das pessoas que querem essa mudança.

5) Falando mais especificamente da sua pessoa, Marília, como você chegou ao movimento? Mesmo estando na proteção animal há muito tempo, o Movimento Crueldade Nunca Mais te deu mais ânimo para lutar pelos patudinhos desprotegidos?
Marília:  Estamos trabalhando com a proteção animal há mais de 10 anos. A ONG DVA surgiu em 27 de agosto de 2004 e desde então estamos lutando e colaborando para a causa com todas as nossas forças. Estamos em contato com várias entidades do país e principalmente de São Paulo e, através de convite da organização, começamos a participar das reuniões e fazemos parte da comissão organizadora na cidade de Santos.
É claro que todo o movimento de apoio à proteção animal nos deixa mais esperançosos para continuar o trabalho. Muitas vezes temos a sensação de "enxugar gelo", de não conseguir sair do lugar, mas, de qualquer maneira, sabemos que todo o trabalho efetuado já trouxe avanços na causa. Não podemos é parar de lutar. Sabemos que as coisas neste país andam em passo de tartaruga (aliás, acho que as tartarugas andam mais rápido) mas se não lutarmos, não teremos nenhuma modificação. Sabemos também que em nossa cidade já temos um arcabouço de leis que dá proteção aos animais. Temos entidades que trabalham em parceria com o poder público na questão de atendimento, castração e adoção de animais, principalmente de população de baixa renda.  Isso nos deixa bem à frente de diversas cidades, mas ainda falta muito para termos o que realmente desejamos e por isso não vamos parar de jeito nenhum.


6) Com sua experiência à frente da DVA, quais são os casos mais frequentes de crueldade que a ong costuma atender? Como se pode ajudar a DVA?
Marília:  Muitos casos de animais abandonados, animais doentes sem atendimento, animais amarrados em pequenos espaços, espancamento... Enfim, temos visto de tudo durante estes anos. Muitas vezes, as pessoas são tão ignorantes  que temos primeiro que conscientizá-las de que o que estão fazendo com o animal é considerado maus tratos.
O foco do trabalho da ONG é a castração dos animais da população de baixa renda. Só com esse trabalho, conseguiremos diminuir o abandono dos animais nas ruas. Por isso, solicitamos a quem possa, que se torne sócio (nossa verba vem exclusivamente de sócios e eventos realizados), ou doe ração de boa qualidade, material de limpeza, cobertores, jornais, medicamentos que não usa mais. Pedimos a todos para que nos procurem e doem.


7) Na sua opinião, a educação pode mudar o mundo, inclusive o trato com os animais?
Marília: Sim, a educação é o que move o mundo. Infelizmente, a educação do brasileiro está muito abaixo do que gostaríamos. Temos trabalhado junto à algumas escolas, tentando conscientizar os alunos, tornando-os agentes multiplicadores, para que cresçam com uma mentalidade mais aberta, sensível e entendam de uma vez por todas que precisamos lutar por um mundo melhor e mais saudável e isso passa por cuidarmos de todas as espécies vivas de maneira igual. Nenhum ser é melhor do que o outro, eles são apenas diferentes. Isso não significa que possam ser maltratados, mortos ou abusados. Isso é o que queremos mostrar para
toda a população.



Pois é, moçada bonita!
O Movimento Crueldade Nunca Mais é um exemplo a ser seguido. Na verdade, não deveria existir crueldade alguma com todos os tipos de animais (e isso inclui o ser humano) e é por isso que vamos para as ruas lutar por aqueles que não têm voz para se defender.


Venha conosco! Participe! Leve os seus filhos! Faça cartazes e faixas! Exerça a sua cidadania! Quanto mais pessoas participarem, mais a nossa voz será ouvida!

Maiores informações, acesse a página Crueldade Nunca Mais .

Quer saber mais sobre a ong DVA? Acesse o site ONG DVA ou o Facebook Ong DVA

As figuras aqui mostradas podem ser copiadas e impressas para a confecção de faixas e cartazes, ok? Vamos para as ruas!!!

Te espero lá!

Abraços,

Lara

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