sábado, 24 de agosto de 2013

Numa Folha Qualquer - Apenas Um Recado

Olá, pessoas supimpas!

Jeitinho brasileiro, lei de Gérson, maracutaia, quem nunca fez que atire a primeira cédula na urna! Ah, é! Não tem mais urnas com cédulas, agora são eletrônicas. E nada confiáveis, em minha opinião. Depois conto porque não confio nessas urnas. Aliás, porque não confio nas eleições.

Voltando aos “jeitinhos”, quem aqui já não se beneficiou com isso e depois quer exigir honestidade dos políticos? Você pode dizer que seu “jeitinho” foi apenas uma coisa leve perto do que os políticos fazem. Pois digo que não é, mesmo. A sua diferença para a de um político desonesto é apenas a posição. Quem garante que se você estivesse na posição de um político não iria dar uns “jeitões”?




Tirar fotocópias de coisas particulares na máquina da empresa. Levar canetas, cadernos do trabalho para serem usados na faculdade, ver um amigo no início da fila do ônibus e entrar junto com ele. Dar gorjeta para o policial a fim de que ele não lhe passe a multa. Receber gorjeta do infrator para não lhe passar a multa. Comprar CDs e DVDs piratas. A lista de jeitinhos é enorme. Desde furar fila a desviar milhões. O que é um lápis para uma empresa do tamanho dessa? Pois é! O que são milhões para um país que arrecada trilhões, não é mesmo? Não importa a quantidade: se não é seu, não pegue! Se acha o lápis barato, então por que não comprá-lo?

Em muitos casos, nem é tanto pelo valor. Infelizmente aqui temos a cultura do “experto” que, na verdade, é um mau costume, um vício. Aquele que passa a perna e obtêm vantagens, é considerado “o tal” ao invés de se sentir envergonhado.



Depois dizemos que o país não muda. Mas isto é óbvio! Toda mudança é de dentro para fora. Se não mudarmos nosso comportamento, o país não vai mudar mesmo. Tudo é o nosso reflexo.

Eu também não sou santo! Já tive meus momentos em que me beneficiei de tais “recursos” e hoje não me orgulho nem um pouco do que já fiz. Pretendo agora levar uma vida honesta. Sei que é difícil, pois esta nossa “cultura” nos impele a fazer essas coisas, mas temos que resistir e não ir junto com a maioria. Nos taxam de burros, bobos, trouxas, mas e daí? Estes adjetivos não são nada perto de palavras como desonesto, ladrão, safado, pilantra. Infelizmente, tem gente que ainda não percebeu isso.

Acho que se cada um de nós fizer a sua parte, não seguir os tais jeitinhos, tentar resolver os problemas de forma honesta, a coisa começa a andar. Não podemos usar como desculpa a desonestidade alheia para justificar a nossa. Assim estaremos nos contaminando com este vício. Temos que ser diferentes cada vez mais e só assim poderemos exigir e cobrar honestidade dos políticos.




Quanto à minha desconfiança pelas urnas eletrônicas, é devida ao seguinte fato: estava eu vendendo meus artesanatos numa feira na Avenida Paulista num dia de eleições. Depois de uma hora da tarde, a guarda civil metropolitana pediu para que deixássemos o local porque aconteceria um evento ali. Ficamos curiosos, mas eles não souberam nos dizer que evento seria. Quando estávamos indo embora, em algumas ruas próximas, vimos vários caminhões carregados de andaimes e equipamentos de luz e som. A coisa iria ser grande. Perguntamos o que iria acontecer e nos responderam que aquilo era para a comemoração da vitória do futuro presidente. O detalhe era que tudo aquilo pertencia a apenas um candidato e não era uma festa para celebrar a vitória de qualquer um deles. Me pergunto até hoje como eles já sabiam que tal candidato iria vencer as eleições, a pouco mais de três horas do encerramento das votações.

Coisas para se pensar!

Abraços do MM!

Nenhum comentário:

Postar um comentário